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Advogado lança livro com renda para a Associação de Assistência ao Emilio Carlos
 

O advogado catanduvense José Carlos Buch, especialista em Direito Tributário e Direito Empresarial, lançará no próximo dia 22, às 19h30, no segundo andar da ACE (Associação Comercial e Empresarial), a obra intitulada “Pessoas de Estória e História de Pessoas”. A expectativa é reunir amigos e familiares dos homenageados e toda a renda com a venda dos livros já tem endereço certo: a AEC (Associação de Assistência ao Hospital Emílio Carlos). A obra consiste em uma coletânea de artigos, escolhidos dentre mais de três centenas deles,  publicados ao longo de mais de 20 anos pelo autor. Em entrevista ao O Jornal, o advogado conta detalhes da obra e o que o motivou a escrevê-la.

O Jornal – Esse é o seu primeiro livro publicado. Qual é a sensação?

José Carlos Buch - Nunca imaginei que escrever o primeiro livro exigisse tamanho esforço, nem precisasse do concurso de tantos profissionais. Leitor voraz que sou, por conta disso, sempre cultivei o hábito de escrever. Tanto é verdade que o próprio livro reproduz, numa de suas primeiras páginas, o texto original de uma composição escrita em 1960, quando cursava o terceiro ano do então ensino primário. Na verdade, participar de todo o processo de edição de um livro, tem um misto de satisfação e preocupação, difícil saber qual é a maior. Conquanto, o momento vivenciado é de sensação dobrada, que teve início quando da publicação dos artigos que compõem o livro e se implementa agora, com a seleção daqueles que homenageiam pessoas e dizem respeito a personalidades ou fatos que a eles remetem.

O Jornal – Considera a escrita de um livro um desafio? Quais foram as referências que teve para poder escrever o livro?

José Carlos Buch - Escrever crônicas e artigos, para quem não é jornalista ou escritor, como é o meu caso, é sempre um desafio.  Não obstante, apesar de não me considerar escritor, mas apenas narrador de fatos vivenciados, escrever um livro sempre esteve em meu planos. Mas, faltava um “empurrãozinho”, que foi dado pelo artista plástico Luis Cláudio Morgilli, numa manhã de sábado do mês de junho, que se prontificou, inclusive, em fazer a capa, como realmente o fez e que, diga-se, ficou esmeradamente linda.  As referências residem nas pessoas retratadas de uma forma alegre e muito respeitosa, mas não param aí. Para mim, os filhos e as plantas são seres que, como instrumentos de Deus, proporcionam o dom da vida e contribuem, assim, para perpetuar a espécie.  O livro, embora não seja um ser vivo, é inegável que se constitui no registro vivo, um legado que exprime fatos, histórias de pessoas, enfim, verdadeiro retrato de uma época. Quem possui uma família estruturada e tem amor pelos livros, dispensa maiores referências, não é mesmo?

O Jornal – Quais são os escritores que mais admira? Por quê?

José Carlos Buch - Todos aqueles que escrevem biografias constituem minha leitura preferida. Uma das primeiras que tive a oportunidade de ler foi “O sonho brasileiro”, escrita por Thales Guaracy, sobre a vida do Comte. Rolim Adolfo Amaro, fundador da TAM, simplesmente fascinante. Outras, também merecem destaque, como: “Mauá”, por Jorge Caldeira; “Chaplin”, por David Robinson; “Walt Disney”, por Neal Gabler; “Steve Jobs”, por Walter Isaacson e “Antonio Ermírio de Moraes”, por José Pastore, imperdível. Atualmente estou lendo a biografia de “Frank Sinatra”, por James Kaplan e, simultaneamente, “Lincoln”, por Dóris Kearns Goodwin.  Juntem-se a eles, os que escrevem histórias reais e mesmo autobiográficas.

O Jornal – O livro que escreveu teve a colaboração de alguém?  

José Carlos Buch - Depois do “empurrãozinho”, a seleção dos artigos e textos, bem como a criação do título, foi um trabalho pessoal. A partir daí, o Luis Cláudio Morgilli, artista plástico consagrado, passou a desenvolver a capa que foi editada pelo competente design gráfico Lucas Mesquita, que cuidou também da contracapa. A revisão contou com a perspicácia e o talento da profª Maria Carolina Rocha. Todos profissionais da cidade para homenagear personalidades também da cidade, nada mais coerente.

O Jornal – O título escolhido para o livro parece um trocadilho com estória, história e principalmente pessoas. Qual a intenção?

José Carlos Buch - O trocadilho é proposital. Em duplo sentido, quer dizer que o livro busca retratar a história de pessoas, que têm uma estória de vida e que merece ser contada. O vocábulo estória, embora vetusto, tem o ensejo de indicar que o livro, em sua quase totalidade, descreve pessoas importantes ou de destaque, de um passado não muito distante, mas que não estão mais entre nós. A ideia inicial era dar o título de “Pessoas que nunca se foram” que, aliás, é também o título de uma série de artigos selecionados, contudo, alguns poucos personagens, caso da Sra. Eunice Carvalho Diniz e Moacir de Jesus Bérgamo, estão vivos e atuantes. Diante disso, pedi um help ao plano divino e, em menos tempo do esperado, tive a graça e a inspiração do título “Pessoas de estória e história de pessoas” que, no meu entender, além de bastante apropriado, parece-me bastante atual.

O Jornal – O livro conta histórias de pessoas da cidade, mas qual é o principal motivo que o fez escrever tal obra?

José Carlos Buch – O livro é uma tentativa de  resgatar um pouco da história, relembrar fatos e, sobretudo, homenagear e perpetuar a memória de pessoas que construíram a cidade de Catanduva,  que tem feitiço no nome, não por acaso. Nessa viagem ao passado,  com direito a inúmeras escalas, muitos personagens desfilam pelas quase duzentas páginas do livro,  onde é possível conhecer um pouco da vida de cada um,  seus feitos e seu legado. Para as famílias das personalidades homenageadas, o livro será um registro histórico e, para o leitor catanduvense, a oportunidade de conhecer um pouco da vida daqueles que nos antecederam. Pode-se dizer que a obra é, também, um registro de fatos e da trajetória de personalidades, protagonistas de um tempo que permanece indelével e  que,  marcaram época na história de Catanduva, sob a ótica de quem conviveu com quase todas.  O livro tem também algumas descrições enigmáticas em que pessoas anônimas não passaram despercebidas, sendo retratadas despojadas de quaisquer ambições ou idiossincrasias, mostrando a crueldade da vida nas ruas.

O Jornal – Quanto tempo levou para escrevê-lo?

José Carlos Buch - Em verdade, o conteúdo estava praticamente numa espécie de prelo digital. Com isso, o maior dispêndio consistiu em identificar e selecionar os textos nos arquivos digitais e identificar o jornal e a data em que estes haviam sido publicados. A partir daí, os colaboradores entraram em campo e tudo começou a fluir. Mas, uma coisa é certa, dá um trabalho danado cuidar de todo o processo de edição de um livro.

 

O Jornal – O livro também conta com a solidariedade, não é mesmo? Como surgiu a ideia de repassar as doações para a AEC?

 

José Carlos Buch - Quando da conversa com o Morgilli, naquela manhã de sábado do mês de junho, em que decidimos fazer o lançamento de um livro reunindo artigos, ficou convencionado, também, que ele faria a capa gratuitamente e, de minha parte, destinaria todo o produto da venda do livro a uma entidade que, no momento oportuno, seria escolhida. Pois bem, os meses se seguiram e, mesmo após o primeiro “boneco” apresentado pela editora, a entidade beneficiada ainda não havia sido indicada. Aí, recebi a visita do Marcelo Gimenez que estava idealizando reunir um grupo de pessoas voluntárias para promover campanhas, visando reformar a ala C2-PAR do Hospital “Emílio Carlos” que, segundo ele, estava, como ainda está, em condições precaríssimas. Não só encampei a ideia, como acabei me tornando secretário da associação, que daí surgiu e que conta com quase trinta voluntários. Nasceu, assim, a AEC – Associação de Assistência ao Hospital “Emílio Carlos”, que foi constituída com prazo de duração de três anos e tem como único objetivo reformar a referida ala do hospital, entregando-a no padrão FIFA, ou próximo disso. Como o valor orçado está em torno de R$550 mil, o montante a ser arrecadado com a venda do livro é apenas uma minúscula parcela, mas é o início de muitas outras campanhas e eventos que serão promovidos neste ano.

Cíntia Souza/ O Jornal

Fonte: O Jornal

 
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